(página em construção)
Fragments of the Mediterranean
Pesquisa cartográfica sobre mulheres do Mediterrâneo a viver em Portugal
24 de Outubro a 10 de Novembro
@Casa do Comum
Com with Eunice Gonçalves Duarte, Daphne Klagkou, Cyrielle Marchetti, Özge Topçu, Pinelopi Triantafyllou, Ieva Bražėnaitė, Iro Xyda, Maria Anagnostopoulou, Dunja Botic, Inês Nêves, Lelle Demertzi, Salma Kossemtini, Samina Molfetta, Wafa Lazhari, Nicène Kossentini
Esta exposição está inserida num projecto de Alexia Alexandropoulou, curadora e programadora cultural
O programa Fragmentos do Mediterrâneo evoca uma série diversificada de presentes imaginários, entrelaçando as forças da transformação e da metamorfose para abordar questões críticas sobre a condição actual da região do Mediterrâneo. Inspirado nas ideias do historiador Fernand Braudel, o programa reflecte sobre a visão romantizada do Mediterrâneo como um lugar suave, banhado pelo Sol, onde as culturas outrora coexistiram harmoniosamente. O programa desafia esta narrativa idílica, olhando de forma directa para a História turbulenta da região, as complexas intersecções culturais e as estruturas rígidas que persistem.
O programa está estruturado em eixos fundamentais que examinam temas diferentes: o gesto da artista, a posição da mulher no mundo da arte e na sociedade e a transformação de ideias estabelecidas em possibilidades fluidas e em evolução. Em vez de aderir a uma narrativa rígida, o programa abraça a diversidade de pontos de vista e perspectivas. As artistas estão preocupadas com uma variedade de questões, tanto relacionadas com o património cultural e a identidade, como com questões sociais e políticas, e com as interligações entre elas.
Estes temas são explorados através das obras de cinco artistas originárias da Grécia, Turquia, França e Portugal, bem como de um programa de performances e dois projectos de vídeo arte centrados na deslocação e na catástrofe ecológica. Fragmentos do Mediterrâneo não quer apresentar afirmações dogmáticas, mas sim promover uma compreensão mais profunda da região. Trata-se de um convite a repensar o Mediterrâneo, não como uma entidade fixa ou nostálgica, mas como um espaço dinâmico moldado por uma mudança constante. Um espaço onde a identidade e a História estão em fluxo contínuo, abrindo possibilidades para novas interpretações.
This mobility program, spanning six weeks, is designed to foster a dialogue between women visual artists from the Mediterranean. Hosted by Olhares do Mediterraneo Film Festival in collaboration with CRIA-Centro em Rede de Investigação em Antropologia this project will feature an exhibition of 4 female artists from the Mediterranean, an accompanied public program with performances and one special project with female video artists from Tunisia. By inviting a female curator from the region to lead on this, the goal of this initiative is to address a major issue occurring today: the under-representation of women from the Mediterranean and the urgency regarding gender equality. By building bridges, habits, and structures of collaboration, the initiative will promote solidarity networks, furthering equality and fostering a deeper understanding of Mediterranean identities and experiences.
IMAUGURAÇÃO 24 de OUTUBRO às 18h
“Nymphs Echoe”, de Iro Xyda e Ieva Bražėnaitė – Festival Olhares do Mediterrâneo - Fragmentos do Mediterrâneo PERFORMANCE
The Nymphs Echoe
Inspirada na mitologia grega e na famosa pintura surrealista de Max Ernst, a performance reflecte sobre a imagem da mulher como criatura mítica em relação ao mundo moderno.
A representação de ninfas, sirenas e sereias como personificações da beleza, da feminilidade e de uma profunda ligação à natureza realça o fascínio e a mística intemporais associados a estas figuras. As suas qualidades divinas, curativas e de mudança de forma tornam-nas símbolos poderosos de transformação e resiliência.
A ideia de uma ninfa contemporânea ou de uma sereia ciborgue pode ser vista como uma metáfora para a evolução dos papéis e das identidades das mulheres na sociedade. Levanta questões sobre o que significa ser mulher actualmente.