FILME DE ABERTURA – ESTREIA NACIONAL
AMEL GUELLATY
Tunisia, France Qatar · Fic · 2025 · 99′
‖‖ QUI 30 OUT · 9.30 PM · Cinema São Jorge, Sala MO – OPENING CERIMONY
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PROGRAMA DE MÃO | CATÁLOGO | GRELHA | TRAILER 12ª EDIÇÃO | CARTAZ
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MUSEU do ALJUBE 28 OUT || ISCTE 29OUT || CASA DO COMUM e CINEMA SÃO JORGE 30OUT || CINEMA SÃO JORGE 31OUT || CINEMA SÃO JORGE 1NOV || CINEMA SÃO JORGE 2NOV ||
GOETHE INSTITUT, MUSEU DO ALJUBE e CINEMATECA 3 a 6 NOV
FILMES
Secções
||||||| COMPETIÇÃO GERAL | LONGAS • JÚRI
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||||||| DOIS OLHARES SOBRE A GUERRA: JASMILA ŽBANIĆ & MIRJANA KARANOVIĆ
||||||| Grelha e Índice de Filmes
PARA LÁ DOS FILMES
PROGRAMA INDÚSTRIA |||||||
• PITCHING PITCH YOUR SHORT!
• MESA REDONDA PERIPHERAL FESTIVALS AND THE FILM INDUSTRY: CHALLENGES
AND OPPORTUNITIES
• MASTERCLASS THE POWER OF TOGETHERNESS: WOMEN, CINEMA, AND COLLECTIVE DREAMS
• WORKSHOP INTIMACY SCRIPTWRITING FOR FILM & TV
• 3º ENCONTRO OLHARES DO MEDITERRÂNEO / MUTIM COMO FUGIR A ESTEREÓTIPOS
NA ESCRITA DE INTIMIDADE?
DEBATES |||||||
• MULHERES, TERRA, REVOLUÇÃO
• ISRAEL’S ATTACKS ON NGOS: A LONG HISTORY
• CORPOS E FAMÍLIAS: TRADIÇÕES E RESISTÊNCIAS
• TRAVESSIAS: CRESCER EM GUERRA, FUTUROS AMPUTADOS
• VIOLÊNCIA SEXUAL: DO CORPO AO DIGITAL
APRESENTAÇÃO DO PROJECTO Ri/VER |||||||
• OS OLHARES DAS CRIANÇAS
PROGRAMA DE ARTES VISUAIS |||||||
• OLHARES EXPERIMENTAIS
• PROGRAMA DE VIDEOARTE
• SACRED BREAD – BREAKING BREAD
PROGRAMAÇÃO PARA FAMÍLIAS |||||||
WORKSHOPS |||||||
• NOMADA NOTEBOOKS
• CAN CINEMA HELP SAVE THE PLANET?
ACOLHIMENTO |||||||
• GOOD COMPANY BOOKS
• LIVRARIA DAS INSURGENTES
• LIVRARIA GRETA
• LIVRARIA TIGRE DE PAPEL
||||||| BILHETES PARA CINEMA SÃO JORGE
||||||| BY TICKETS FOR CINEMATECA
SEMEAR RESISTÊNCIAS,
CULTIVAR UTOPIAS
“Semear Resistências, Cultivar Utopias” é o desejo que move a 12ª edição de Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival. É a partir deste desejo, que é ao mesmo tempo necessidade e ambição, que em 2025 o Festival cresce, alargando a sua duração a dez dias e ocupando mais espaços em Lisboa: o Cinema São Jorge, a Cinemateca Portuguesa, o Museu do Aljube, a Casa do Comum, o ISCTE-IUL e o Goethe-Institut, com actividades pré-festival na Tasca das Artes, no Terraço do Graal, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés e na Cossoul. Porque numa cidade que, como tantas outras, empurra cada vez mais a cultura e as vozes dissidentes para as margens, multiplicar lugares de expressão e encontro em todo o lado torna-se cada vez mais necessário.
A primeira sessão desta edição do Festival decorre, não por acaso, no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, um lugar “dedicado à história e à memória do combate à ditadura e ao reconhecimento da resistência em prol da liberdade e da democracia”, onde é apresentada a estreia mundial do documentário “Mulheres, Terra, Revolução”, de Rita Calvário e Cecília Honório. Este retrato das mulheres trabalhadoras agrícolas que, a partir dos campos do interior do país, desafiaram a ditadura e viveram a Revolução de 25 de Abril, é o testemunho tanto da sua presença e importância na reforma agrária como da potência das ideias de justiça social e igualdade e ao mesmo tempo da necessidade de renovar continuamente o trabalho de concretização destes ideais. Abrir o Festival neste espaço é também uma forma de inscrever o cinema no território da memória colectiva, convocando o passado para iluminar as lutas do presente e do futuro.
O Festival celebra também o optimismo e a irreverência, com filmes como Where the Wind Comes From – da jovem tunisina Amel Guellaty, que fala do desespero da geração que cresceu depois da Primavera Árabe, num road movie irónico e cheio de humor – e documentários como The Brink of Dreams, da dupla egípcia Nada Riyadh e Ayman El Amir, que acompanha um grupo de raparigas decididas a desafiar todos os preconceitos e tradições de uma pequena aldeia no Sul do Egipto, criando um grupo de teatro de rua que denuncia o patriarcado e a desigualdade de género. Estas narrativas vindas de contextos tão diferentes, revelam a particularidade e a multiplicidade de experiências, insubmissões e resistências das mulheres dos países do Mediterrâneo, mas também aquilo que têm em comum.
Central na edição deste ano é ainda a questão ambiental, com a exibição do documentário Isto não é um Jardim, de Marta Pessoa, e diversas curtas-metragens que se debruçam sobre as múltiplas formas em que os seres humanos se relacionam com a natureza, questionando as práticas extractivas e explorando modalidades e possibilidades alternativas. O olhar atento e inconformado das realizadoras seleccionadas em 2025 explora também o assédio sexual e a violência de género, a ocupação israelita da Palestina, a luta pela independência das mulheres saharawis e as histórias das mulheres curdas e yazidis. O cinema torna-se aqui ferramenta de denúncia, mas também de imaginação política para construir novos futuros, apontando para modelos de convivência mais justos e sustentáveis.
Com uma programação que dá muito espaço à denúncia, à militância e à revolta contra a injustiça social, mas também à vida privada, às emoções e aos afectos, na sua 12.ª edição o Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival apresenta 63 filmes (longas e curtas-metragens; documentários, ficções, animações e obras experimentais) produzidos por 29 países. Um programa feito de diversas histórias, que dão voz e visibilidade a mulheres que ocupam lugares diferentes e que, na sua multiplicidade de temas e estilos, retratam o mundo real e desenham mundos possíveis. Um programa que se preocupa com o presente sem deixar de acreditar no futuro, nas utopias necessárias. Um programa que recolhe o convite de Angela Davis a actuar como se fosse possível transformar radicalmente o mundo, e renovar este desafio continuamente.